Diário de um Sobrevivente

Não deixe o medo devorar você

06.02.14 – Sem armas. Sem proteção. Sem problemas.

Posted by YukimuraWakashimazu On fevereiro - 2 - 2015ADD COMMENTS

Kanda Restaurant

Dia: 07.02.14. Terça-Feira. Local: Tóquio, Japão.

Sobrevivente: Yukimura Wakashimazu

Já se passou um dia depois de minha decisão de procurar por Rinko… Infelizmente, sem prova alguma ainda de onde ela está – Na verdade, seria correto dizer, sem prova alguma de sua existência -. Se ela se transformasse em uma daquelas coisas, acho que eu nunca me anistiaria. O céu permanecia em crepúsculo, toando o mundo do qual conheci no mais profundo caldeirão de sangue. Usando o ínfimo de combustível possível de minha moto – Que já estava no limite -, eu pilotava pelas ruas, que inexplicavelmente estavam abandonadas. Não havia sinal de vida inteligente. Os edifícios com negras fumaças deixando seu interior, as ruínas no chão, a pavimentação rachada, as calçadas destruídas… Me indago, será mesmo que os “monstros” que perpetraram isso? Ou foram os humanos revelando seus verdadeiros instintos? Eu verdadeiramente hesito em pensar que muitos se prontificaram a ajudar o próximo… Mesmo sendo o Japão, pessoas são O terror está apenas começando

06.02.14 – Dúvida Cruel

Posted by YukimuraWakashimazu On março - 7 - 2014ADD COMMENTS

Dia: 06.02.14. Quinta-feira. Local: Tóquio, Japão.

Sobrevivente: Yukimura Wakashimazu

A fumaça de minha moto se proliferava no ar, junto com o cheiro da borracha derretida devido à freada que dei momentos atrás. O cheiro de sangue e cadáver, a gordura que infelizmente grudava em meus lábios, minha pele já oleosa. Mas, nada disto era comparado ao momento em que vivia. Quem diria que alguma vez em minha vida empunharia uma estaca improvisada contra uma aberração se não nos jogos?

Minha moto acelerava ao mesmo tempo em que me equilibrava com somente uma mão em seu guidão direito. Segurando a estaca com total firmeza, de mais ou menos uns 50 cm, enquanto me preparava para o impacto. Quando saltou, meus olhos semicerraram. Segurei com tanta firmeza que Continue lendo. ^^

06.02.14 – Coragem

Posted by YukimuraWakashimazu On fevereiro - 28 - 2014ADD COMMENTS

Dia: 06.02.14. Quinta-feira. Local: Tóquio, Japão.

Sobrevivente: Yukimura Wakashimazu

Não… Não poderia desistir ali. Não depois de ter sobrevivido até agora. Eu não posso falhar – Eu não posso me deixar falhar – Olhei para os painéis da moto, seguindo meus instintos, olhando para cada uma daquelas funções – Que para mim era uma nave alienígena – enquanto ouvia o terrível brado da criatura. Provavelmente, iria me alcançar em menos de 2 minutos, considerando que sua velocidade de movimento estava retardada graças ao ferimento que eu impusera em seu abdômen. Não posso me desesperar, tenho de manter a calma. Se eu me perder para mim mesmo naquele momento, iria ser a última vez que eu pensei em tentar algo. Não almejo perecer pensando que não fiz tudo o que podia ou não. Teria de arriscar. Dissolva o Mistério. Saiba da verdade.

06.02.14 – Desespero

Posted by YukimuraWakashimazu On fevereiro - 11 - 2014ADD COMMENTS

Dia: 06.02.14. Quinta-feira. Local: Tóquio, Japão.

Sobrevivente: Yukimura Wakashimazu

O armário entortou. Meu estômago dilatou. Meus olhos arregalaram. Meus dentes rangeram. Meu suor caiu como gotas de chuva no chão. Aquele monstro – Ou qualquer coisa que seria – estava tentando me tirar de lá a todo custo. Suas garras pareciam afiadas, e percebi que cada vez o armário estava mais amassado… Se eu saísse agora, não sei o que aquilo iria fazer comigo. Aterrorizado fiquei, quando este começou a gritar um horrendo grito de doer os ouvidos. O grito ainda se intensificava por dentro do pequeno local, parecia que meus tímpanos iriam explodir. A sensação de medo cobria-me completamente, mas sabia, tanto eu como meu corpo, que se deixasse o temor me dominar, estaria condenado. Eu estava abaixado por causa dos gritos, mas agora levantei-me e, encarei aquela criatura com os olhos semicerrados. Eu não poderia desistir antes de lutar. Vi que cada vez mais o armário de metal estava se quebrando, amassando, caindo aos estilhaços, enquanto eu Continue lendo. ^^

06.02.14 – Zumbis não são o suficiente

Posted by YukimuraWakashimazu On fevereiro - 10 - 2014ADD COMMENTS

Dia: 06.02.14. Quinta-feira. Local: Tóquio, Japão.

Sobrevivente: Yukimura Wakashimazu

Rapidamente me vi no chão – Novamente – e com “alguma coisa” em cima de mim. Me vi colocando minha lança em minha frente, como uma proteção, impedindo que aquilo se aproximasse, mas quando parei para olhar… Era um humano?! Que alívio – Pensei por um momento – mas então, vi que não era um mar de rosas. Ele estava louco! Com uma adaga, parecia que ele queria me cortar ou qualquer coisa deste tipo, só que pelo momento em que pensei que era um possível aliado, havia baixado minha guarda, que dei chances dele colocar a lâmina perto de meu pescoço, e finalmente consegui ver sua face. Estava com os olhos insanos, com ferimentos na pele – Não tanto iguais aos zumbis – e parecia… Bom, o que eu consigo definir para ele é a palavra ‘Perdido’. E logo, ele começou a falar comigo.
– Você! Sim, você mesmo! Está me escutando?!
– Calma cara! Eu também sou humano! Se é que é isso que está pensando!
– Não! Você é um deles, sim, você é… Você é sim!
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06.02.14 – O mundo não é mais dos homens

Posted by YukimuraWakashimazu On fevereiro - 7 - 2014ADD COMMENTS

Dia: 06.02.14. Quinta-feira. Local: Tóquio, Japão.

Sobrevivente: Yukimura Wakashimazu

Naquele momento em que senti aquela dor, quando a vi mordendo meu tornozelo, pensei que estaria tudo acabado… Mas seja quem for o destino, ficou de meu lado naquele momento. Eu estava de sapatos de couro, que eu havia colocado antes de atender a porta – Que alívio! – Pensei no exato segundo em que dei um corte na boca daquilo e em seguida, decidi me ‘destravar’, segurei minha lança com minhas duas mãos e estoquei com ferocidade o crânio, para ouvir o som deste se quebrando. Mas meus olhos me puniram, ao me apontar que estavam vindo mais 3 a partir daquela porta. – O que diabos é isso?! – Dizendo em voz alta pelo susto, vi que era muito arriscado lutar contra os 3 em um espaço tão pequeno. Me afastei, andando para trás, minha casa era bem pequena, não teria como passar do lado deles ou fazer qualquer outra coisa, estava começando a ficar encurralado. Desesperado eu estava ficando, enquanto os via rastejar e se aproximar de mim lentamente, soltando grunhidos.
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06.02.14 – O início.

Posted by YukimuraWakashimazu On fevereiro - 6 - 2014ADD COMMENTS

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Dia: 06/02/14. Quinta-Feira. Local: Tóquio, Japão.

Sobrevivente: Yukimura Wakashimazu.

 

Lembro-me de ter acordado às 5:30. Fiz minha rotina normalmente, e tomei meu café da manhã, que se não me engano, eram onigiris (bolinhos de arroz japoneses). Corri para o colégio quando percebi que estava tarde. Era um tanto solitário morar sozinho, graças ao trabalho dos meus pais. Como tenho 16 anos, estou no segundo grau. Estava vestido como um aluno normal, carregando minha mochila. Logo, vi as pessoas que eu geralmente conversava, Kaito e Rinko. Os cumprimentei normalmente. Kaito Shirogane era um cara bem legal e honrado, igualando entre ser sorridente e ser sério nas melhores horas. É o líder do grêmio estudantil. Frequentava aulas de kendo sempre. Tinha curtos cabelos negros, iguais aos meus, diferenciando que os meus eram longos. Tinha 17 anos. Já Rinko Maji era uma garota mais séria e adorava ler, vestia o uniforme feminino claro, que se consistia em uma camisa e saia, e gostava de… Chutar as pessoas, seja por raiva ou estranhamente por afeto. Era um tanto pequena. Excelente com nunchakus, e seus cabelos que iam até um pouco acima dos ombros, eram também negros. Tinha 15 anos.

A primeira coisa que me ocorreu após encontra-los foi levar um belo sermão por me atrasar. Era engraçado. O sino logo tocou, e é claro, estávamos cada um em sua classe. Minha sala era a 2-B, a de Kaito 3-A, Rinko é a 1-A. O professor chegou normalmente e começou a passar sua aula… Eu frequentava os clubes de sõjutsu, um tipo de arte marcial que envolvia lanças, e também o de kung-fu.

Parecia que iria ser um dia normal, como qualquer outro, e que no final de semana poderia ir no arcade com os dois. Mas sempre quando menos se espera, algo acontece. Mas por que será que estava aflito? Pensava eu enquanto olhava para a janela distraído. Eu nasci com um dom especial, minha intuição. Eu geralmente prevejo coisas ou sinto-as antes de acontecerem, e acreditem, isto já salvou minha vida várias vezes. Algo iria acontecer? Ou seria minha imaginação pregando peças?

Continuei assim até o professor me chamar a atenção, e logo, me voltei para frente, bocejando. Estava entediante. Mas por que será que estava aflito? Não adiantaria ficar teorizando agora, deveria me concentrar nos estudos por agora.
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